As letras podem ser muito mais versáteis do que você imagina. Elas têm o poder de complementar imagens, transmitir mensagens e até se tornar uma figura – as composições não param de surgir e as tendências só aumentam. Hoje, você vai conhecer o universo criativo dos tipos por trás de três técnicas: caligrafia, lettering e all type.
Caligrafia
A caligrafia vem do grego kalli “beleza” e graphẽ “escrita” e significa a arte da escrita, que se constrói a partir de um primeiro traço já delineado. Ou seja, sua aplicação é baseada em replicar um modelo preexistente.
Uma das principais qualidades exigidas pelos praticantes – chamados de calígrafos – é habilidade, já que os utensílios para executar a técnica variam entre penas, canetas e pincéis dos mais diversos formatos, o que faz com que a aplicação seja destinada para materiais mais delicados, como convites, ou na construção de uma identidade que busca maior leveza. Qual é a evolução disso? O lettering! 🙂
Lettering
Enquanto a caligrafia refere-se à arte da escrita, o lettering aborda o ato de desenhar letras, que são formadas, normalmente, com caráter mais artístico e exclusivo. Nesse caso, o letrista pode criar apenas os tipos que serão utilizados no determinado projeto.
O trabalho pode ser desenvolvido tanto à mão quando por ferramentas digitais, o que realmente importa é a criatividade na mistura de curvas e tamanhos – a famosa liberdade de criação <3.
All Type
A composição que trata apenas de fontes, carrega em sua tradução literal – “todo tipo” – o peso da criatividade que é enxergar além de seu uso habitual. Com um pouco de imaginação, diversos formatos podem surgir a partir da exploração da técnica.
Embora traga modernidade aos layouts, o All Type não é tão atual quanto parece. Em meados do século XIX os jornais eram estampados com anúncios de produtos construídos apenas por palavras, sem qualquer procuração estética em persuadir o leitor, já que a concorrência não era tão acirrada e muitas vezes só existia tal empresa no ramo. Com o passar do tempo, o desenvolvimento do capitalismo favoreceu o crescimento de empreendedores, e assim se fez a necessidade de atribuir criatividade na captação de clientes.
Sendo assim, as palavras passaram a ganhar formas e configurar-se como ilustrações. Bastou inverter os papéis para que mil palavras passassem a valer mais que uma imagem. E cabe aos designers reenquadrar as fontes por meio de suas cores, tamanhos, formatos, distorções e disposições para um gran finale digno de All Type.